Os serviços de saúde produzem diversos tipos de resíduos que podem representar um risco à saúde pública e ao meio ambiente se não forem manuseados corretamente. A legislação brasileira estabelece as normas e regulamentos para o gerenciamento desses resíduos, definindo-os em cinco categorias. Vamos abordar cada uma dessas categorias e suas características.
Resíduos comuns
Os resíduos comuns são aqueles gerados em atividades que não oferecem risco à saúde pública ou ao meio ambiente, como resíduos de escritórios, alimentos, embalagens e papéis. No entanto, quando esses resíduos são gerados em serviços de saúde, é importante que sejam manuseados separadamente aos outros resíduos de saúde. Isso se deve ao fato de que resíduos de saúde podem conter materiais contaminados por fluidos corporais, medicamentos e produtos químicos, contaminando o resíduo comum.
Resíduos infectantes
Os resíduos infectantes são aqueles que contêm agentes biológicos que apresentam risco de infecção, como materiais utilizados em procedimentos médicos e odontológicos, tecidos, vírus e bactérias. Esses materiais devem ser manuseados com cuidado para evitar a contaminação de pessoas e do meio ambiente. A legislação brasileira estabelece que os resíduos infectantes devem ser acondicionados em sacos plásticos de cor branca leitosa, com simbologia e descrição de infectante, que devem ser fechados com laço ou nó e as lixeiras de armazenamento identificadas com símbolos e texto de risco biológico.
Resíduos químicos
Os resíduos químicos são aqueles que contêm produtos químicos que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, como medicamentos vencidos, soluções para hemodiálise e produtos químicos utilizados em laboratórios. Esses materiais devem ser manuseados com cuidado para evitar acidentes e contaminações. A legislação brasileira estabelece que esses resíduos devem ser acondicionados em recipientes resistentes a impactos e vazamentos, identificados com símbolos de risco químico e armazenados separadamente dos outros tipos de resíduos.
Resíduos perfurocortantes
Os resíduos perfurocortantes são aqueles que podem causar perfurações ou cortes, como agulhas, lâminas, bisturis e vidros. Esses materiais apresentam risco à saúde pública e devem ser manuseados com muito cuidado para evitar acidentes. A legislação brasileira estabelece que esses resíduos devem ser acondicionados em recipientes rígidos, resistentes a perfurações e vazamentos, identificados com símbolos e textos de risco e armazenados separadamente dos outros tipos de resíduos.
Resíduos radioativos
Os resíduos radioativos são aqueles que contêm materiais radioativos utilizados em procedimentos médicos ou em pesquisa científica. Esses materiais apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente e devem ser manuseados com cuidado. A legislação brasileira estabelece que esses resíduos devem ser acondicionados em recipientes especiais, identificados com símbolos de risco radioativo e armazenados em locais próprios e autorizados pelos órgãos reguladores.
A correta gestão desses cinco tipos de resíduos de serviços de saúde é fundamental para evitar riscos à saúde pública e ao meio ambiente. Além disso, a legislação brasileira estabelece as normas e regulamentos para o gerenciamento desses resíduos, que devem ser seguidas rigorosamente pelos estabelecimentos de saúde.
A Resolução CONAMA 358/2005 estabelece as diretrizes para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, definindo os critérios para a classificação, segregação, acondicionamento, coleta, transporte e destinação final desses resíduos. Essa resolução determina que os estabelecimentos de saúde devem elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) que estabeleça as medidas a serem adotadas para a correta gestão desses resíduos.
Além disso, a legislação brasileira exige que os estabelecimentos de saúde possuam um Alvará Sanitário, que é emitido pelos órgãos de vigilância sanitária após a verificação do cumprimento das normas de higiene e segurança sanitária, incluindo o gerenciamento correto dos resíduos de serviços de saúde.
A má gestão desses resíduos pode representar riscos à saúde pública e ao meio ambiente, como contaminação do solo e da água, exposição a materiais infectantes e tóxicos e acidentes envolvendo resíduos perfurocortantes. Por isso, é fundamental que os estabelecimentos de saúde sigam rigorosamente as normas e regulamentos para o gerenciamento desses resíduos, garantindo a segurança dos profissionais de saúde, dos pacientes e da população em geral.
Em resumo, os resíduos de serviços de saúde devem ser manuseados com cuidado e acondicionados corretamente para evitar riscos à saúde pública e ao meio ambiente. É importante que os profissionais de saúde estejam cientes dessas normas e regulamentos e que os estabelecimentos de saúde possuam um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) e um Alvará Sanitário atualizados para garantir a segurança e a qualidade dos serviços prestados.
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